A PROFISSIONAL ALEGOU QUE SEU HORÁRIO DE TRABALHO JÁ ESTAVA NO FIM, RASGOU O PEDIDO E FEZ A AMBULÂNCIA DAR MEIA VOLTA. BRENO RODRIGUES DUARTE DA SILVA MORREU 1H30 DEPOIS, ESPERANDO OUTRO SOCORRO.
Uma criança de um ano e seis meses, que sofria de uma doença neurológica, morreu na manhã desta quarta-feira após a médica se recusar a realizar o atendimento. A profissional da saúde, que foi com a ambulância até o condomínio da família, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, alegou que seu horário de trabalho já estava no fim, rasgou o pedido e fez a ambulância dar meia volta. Breno Rodrigues Duarte da Silva morreu 1h30 depois, esperando outro socorro.
- Agora eu vou viver com esse 'se' para o resto da minha vida: se ela tivesse levado será que o meu filho estaria vivo? Ele morreu 1h30 depois. Dava muito tempo de ter levado ele ao hospital. É desumano. Eu abri mão da minha vida para cuidar do meu filho que era especial e agora não tenho mais o meu Breno. Ela negou socorro - lamenta Rhuana Lopes Rodrigues.

- Fiz de tudo para tentar socorrer o meu filho, mas houve omissão médica. Estamos abalados com tudo o que aconteceu - lamentou. A família registrou o caso na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Em nota, a Unimed-Rio lamenta o falecimento do pequeno e explica que o serviço era feito pela prestadora Cuidar. Veja a nota na íntegra:
"A Unimed-Rio lamenta profundamente o falecimento do pequeno Breno Rodrigues Duarte da Silva na manhã desta quarta-feira, 7/6 e vem prestando apoio irrestrito à família nesse momento tão difícil. A cooperativa tomará todas as providências para descredenciar imediatamente o prestador 'Cuidar', pela postura inadmissível no atendimento prestado à criança. Além disso, adotará todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis em razão da recusa de atendimento por parte do prestador de serviço".
Empresa diz que medidas serão tomadas
Segundo a diretora técnica da Cuidar, Sandra Lumer, a médica já está na empresa há dois anos e nunca teve problemas com a profissional. Ela garante que a empresa tomará as providencias cabíveis.
- Fomos acionados para atendimento de uma criança neuropata, com queixa de gastroenterite. Imediatamente a Central buscou uma unidade mais próxima para fazer o atendimento. Perto da casa do paciente, havia uma unidade que seguia para um atendimento no mesmo bairro. Ao chegar à porta do condomínio, a médica da unidade de recusou a fazer o atendimento. Já convocamos a nossa comissão de ética para ouvir a profissional sobre o ocorrido e tomaremos as providencias cabíveis.
Por Extra (CHICO SABE TUDO)